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Trama golpista: defesa de Mário Fernandes diz que general não confessou plano para matar Lula e pede revogação da prisão

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Trama Golpista: Defesa de Mário Fernandes

Em uma recente manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do general Mário Fernandes argumenta que o militar não confessou ter elaborado um plano para assassinar o presidente Lula. A defesa pediu a revogação da prisão preventiva, sustentando que Fernandes não compartilhou o suposto plano denominado como “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía também outras autoridades, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Defesa e Acusações

Durante um interrogatório realizado na última quinta-feira, o general Fernandes reconheceu ter criado o arquivo, porém esclareceu que o conteúdo era apenas um “pensamento digitalizado”, uma análise pessoal sobre o cenário político pós-eleições, e que não pretendia realizar tais atos. Além disso, afirmou que o documento foi destruído após ser impresso no Palácio do Planalto.

Apesar das declarações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defende a manutenção da prisão, argumentando que Fernandes admitiu a idealização do documento, conduta que, segundo os procuradores, confirma a hipótese acusatória. Os procuradores também reiteraram que as circunstâncias tornam improvável a alegação de que ele não compartilhou o material com terceiros envolvidos em atividades similares.

Contexto e Consequências Legais

A defesa de Fernandes alega que a PGR não apresentou argumentos concretos que justifiquem a prisão, e acusou a procuradoria de destacar um “arquivo eletrônico vazio”. Essa divergência entre as partes levanta questões sobre a adequação das medidas judiciais aplicadas, bem como sobre a interpretação dos documentos e depoimentos obtidos.

Em um desdobramento relacionado ao inquérito, outro réu, Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta novamente a prisão preventiva. Câmara, que já estava em liberdade provisória, é acusado de tentar atrapalhar a investigação colaborando com Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro. Após seu recente interrogatório, a procuradoria reforçou a necessidade de sua prisão, alegando tentativas contínuas de obstrução da justiça.

Próximos Passos

A decisão final sobre a manutenção das prisões de Fernandes e Câmara agora recai sobre o ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos. As alegações e contra-argumentos apresentados por ambas as partes sobrepõem-se a um pano de fundo de tensões políticas, onde narrativa e contexto são fundamentais para o desfecho dessa intrincada trama jurídica.

À medida que as investigações prosseguem, essas acusações servem como um lembrete do tumultuado ambiente político atual e das complexas interações de poder em jogo dentro do sistema político brasileiro. A Revista Oi continua acompanhando este caso e trará atualizações à medida que novos detalhes emergirem.


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