Religião

Arautos do Evangelho: Farsa ou real?

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Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada há escondido que não venha a ser conhecido. Pois o que dissestes às escuras será dito à luz; e o que falastes ao ouvido, nos quartos, será publicado de cima dos telhados.” (Lc 12, 1-3)

Vivemos numa época em que todos desejam saber tudo, e os meios de comunicação se alimentam disso para divulgar seus conteúdos, nem sempre se importando se prejudicam inocentes e lesam pessoas de bem. Por isso, num mesmo dia, se dizem coisas diferentes sobre o mesmo assunto e isso parece de tal forma bem-feito que as pessoas já nem sabem em que acreditar.

No entanto, uma mentira proferida contra uma pessoa pode manchar a sua honra; uma calúnia contra um pai de família pode prejudicar também sua esposa e seus filhos, uma difamação contra a reputação de uma empresa pode levar à sua ruína, mas uma farsa levantada contra servos de Deus pode lançar a confusão e o dano sobre um rebanho inteiro.

Foi o que aconteceu quando, no ano de 2019, um pequeno grupo de pessoas decidiu se lançar numa campanha difamatória contra os Arautos do Evangelho, com acusações genéricas de racismo, alienação parental, maus tratos, tortura física e psicológica e abuso sexual.   

Compromisso com qual verdade?

Os Arautos tentaram se defender, pediram direito de resposta a programas como o Fantástico, da Rede Globo, algum tempo depois imitado pelo programa Domingo Espetacular, da Record TV, num arremedo de matéria apontando acesso a informações protegidas por segredo de justiça com exclusividade, com o único objetivo de atingir maior audiência. Mas não foram ouvidos ou tratados com seriedade.

É comum os veículos de mídia se dizerem comprometidos com a verdade, mas, com qual verdade?

Uma vez lançada uma nódoa, ela se fixa no tecido social e se alastra rapidamente, com notícias copiadas de notícias por veículos de menor expressão, que vão distorcendo pontos para “vender mais”, ou seja, ter maior audiência, mais curtidas, maior número de visualizações.

Situações que acabam em entendimento, pondo fim a conflitos, não geram engajamento e raramente são noticiadas. Já uma ocorrência que acaba em morte, ganha destaque em jornais, revistas, TVs e todo tipo de informativo.

Ao lançarem sua pequena fúria contra os Arautos do Evangelho, na tentativa de manchá-los e prejudicá-los, os acusadores não se deram conta de que uma multidão de almas também seria afetada por essa calúnia, por essa maldade gratuita, pois a vida dos Arautos é dedicada ao serviço do próximo.

O palco era a internet, e foi para esse palco que os Arautos tiveram que migrar. Não que eles fossem seres alienados que não tivessem nenhum conhecimento do mundo digital. Eles tinham seus canais de comunicação, nos quais divulgavam conteúdos doutrinários, mas, este não era o seu foco principal, pois privilegiavam o contato real com as pessoas para a evangelização.

Mas o assédio sofrido os fez perceber rapidamente que era para esse terreno que teriam de migrar se quisessem que a verdadeira verdade viesse à tona, pois, como ensinou Jesus Cristo: “não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada há escondido que não venha a ser conhecido” (Lc 12, 2).

 A sede do saber

Muitas vezes, a imprensa e os demais meios de comunicação atropelam as coisas, subestimando a capacidade das pessoas de perceberem ou ao menos ansiarem pela verdade. 

As pessoas buscam entretenimento, mas, no fundo, têm sede do saber.

O fato de se distorcer a verdade e dar destaque a fake-news e a mentiras, não muda as pessoas e o desejo que elas têm de não serem enganadas.

Por esse motivo, e para que prevalecesse a verdade, os Arautos foram para o mundo digital, não  para revidar, retrucar ou enlamear ninguém. 

Pelo contrário, intensificaram a publicação de bons conteúdos, com programas de formação católica que atingiram grande audiência. Não foram para bater em quem tentava prejudicá-los, mas para esclarecer o que precisava ser esclarecido e cumprir com maior amplitude a sua genuína missão de evangelizar.

E valeram-se da oportunidade para abrir as portas da instituição para todos que os quisessem conhecer. Com programas que mostravam o interior de suas casas, seus locais e hábitos de estudo, suas rotinas de trabalho, seus momentos de oração. Revelaram ao mundo quem são, o que fazem, onde vivem e como vivem (programa “Arautos Sem Segredos”: https://www.youtube.com/c/arautossemsegredos).

Em programas descontraídos, procuraram mostrar de forma autêntica e com simplicidade, como é o dia a dia de um membro dessa instituição, que foi acolhida no seio da Igreja por um Papa santo, São João Paulo II, em fevereiro de 2001, pouco tempo depois de sua fundação.

E o efeito não poderia ter sido melhor. O fato de receber informações ruins e tendenciosas não afasta a sede do saber que toda pessoa possui.

 A farsa não se sustentou

Enquanto um pequeno grupo de detratores pretendia lançar a instituição Arautos do Evangelho ao descrédito, um grande número de pessoas passou a segui-los, reconhecendo a autenticidade e originalidade de suas ações, tanto no mundo real quanto no mundo virtual.

Nos sermões das Missas, nas homilias diárias, nos programas sobre a vida dos Santos, sobre a história da Igreja, nos conteúdos saudáveis para as crianças, as pessoas foram percebendo que os Arautos não estavam na rede para ganhar likes, mas para evangelizar, cumprindo assim a sua vocação de “Arautos do Evangelho”: aqueles que anunciam o Boa Nova com entusiasmo.

Nas lives, eles não se esquivavam de nenhuma pergunta; respondiam os comentários respeitosamente, sem entrar em polêmicas. E, assim, foram se tornando cada dia mais conhecidos e admirados e, em pouco tempo, estavam com quase um milhão de seguidores.

Se em meio ao assédio e a uma enxurrada de acusações repetitivas, sempre mais do mesmo, sem coerência, sem provas, sem substância, sem veracidade, eles continuavam pregando o Evangelho, divulgando as mensagens de Nossa Senhora em Fátima, auxiliando, formando, encantando com a música sacra, praticando a caridade, algo de errado existia dentro daquele contexto…

E a verdade logo se impôs: nenhum acusador conseguiu comprovar as suas frívolas acusações, enquanto os Arautos, sem rebaterem as críticas, sem alimentarem desavenças, sem se envolverem em controvérsias, foram mostrando quem eram e qual era a sua missão.

Dessa forma, a farsa não se sustentou, as mentiras e o desejo de prejudicar e de levar vantagem não prevaleceu. A Justiça cumpriu o seu papel, dentro dos processos legais, concluindo pela insustentabilidade e incoerência das denúncias e encerrando o caso por falta de materialidade, de provas concretas que confirmassem as histórias inventadas.

Nos momentos de dor e de gáudio

Houve pessoas  que se perguntaram: “Quem são eles? São uma seita? Fazem parte da Igreja? São ultraconservadores?”.

A resposta é simples, eles ­– e elas, pois há um ativo ramo feminino – são pessoas que vivem o chamado de Deus todos os dias, fazendo de sua vocação um motivo de alegria e do amor e dedicação ao próximo a sua razão de viver, sempre na esperança de um mundo justo e regido pelo bem. Um mundo no qual acreditam, pois assim foi prometido por Jesus: “um novo céu e uma nova terra onde não haverá doenças, morte, dor, tristeza e sofrimento”, porque assim foi confirmado por Nossa Senhora em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”

Assim como alguns se deixaram levar, questionando a seriedade e pureza dos integrantes desse grupo, muitas pessoas que os conheciam e sabiam qual era a realidade deles, estiveram ao seu lado, rezaram e lutaram para que a verdade prevalecesse, acompanhando os Arautos do Evangelho nos momentos de dor e nos momentos de gáudio. 

A virtude da esperança

O fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias, pessoa ilibada, devotíssimo de Nossa Senhora, dedicou a sua vida à evangelização, construiu igrejas belíssimas, proporcionou uma excelente formação moral, intelectual e doutrinária aos seus filhos espirituais e atravessou fronteiras, levando a presença dos Arautos para 78 países e proporcionando que pessoas do mundo inteiro pudessem vir para o Brasil numa missão de amor e dedicação à causa divina.

Em 1º de novembro de 2024,  Dia de Todos os Santos, Mons. João se despediu da vida, após uma existência dedicada à virtude da esperança. Cultivou a certeza de que o bem prevalecerá, o amor vencerá e o mal será extirpado da face da terra. Para isso dedicou cada segundo de seus 85 anos de vida, para convencer as pessoas do triunfo de Deus através de sua amada Igreja Católica Apostólica Romana e a implantação do Reino de Maria.

Só quem conheceu o Monsenhor, só quem conhece os Arautos sabe o que é a virtude da esperança e por ela se pauta, suportando todas as investidas do mal com imbatível confiança.

Eles não são Santos, mas buscam a santidade; não são perfeitos, mas buscam a perfeição; almejam o Céu, mas se dedicam a criar amostras do Céu na Terra. Esses são os Arautos do Evangelho, sobre os quais, de tempos em tempos, o mal se insurge, mas o bem sempre triunfa, porque têm Deus por Pai e a Virgem Santíssima por Mãe.

E se você que me lê ainda não os conhece e, por isso, acha que eu exagero, eu proponho: conheça-os e tire suas próprias conclusões!

Santiago Sá

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