Política
EUA suspendem vistos de Moraes, de outros sete ministros do STF e do PGR; Mendonça, Nunes Marques e Fux ficam de fora

Em uma medida que já está gerando repercussões notáveis nos dois lados do Atlântico, o governo dos Estados Unidos declarou a suspensão dos vistos de entrada de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, e de outros sete ministros, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A decisão foi anunciada por Marco Rubio, secretário de Estado sob a administração de Donald Trump no dia 18 de julho.
Contexto e Reações Imediatas
De acordo com fontes federais, a suspensão dos vistos afetou não só Moraes, mas também os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Destaca-se que os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux não estavam na lista dos destinados à revogação dos vistos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rapidamente reagiu, classificando a ação como “arbitrária e sem fundamento”. Em uma clara manifestação de apoio aos ministros afetados, Lula emitiu uma nota de solidariedade e realizou uma reunião emergencial com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para debater a crise desencadeada.
Motivações e Implicações Políticas
A decisão do governo norte-americano ocorreu em meio a tensões políticas exacerbadas. Ao justificar a ação, Rubio afirmou que Trump queria responsabilizar estrangeiros “pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos”. O cenário se agrava pelo fato de que, no mesmo dia, Moraes determinou medidas judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, um aliado próximo de Trump, incluindo a instalação de tornozeleira eletrônica.
Este retrocesso diplomático, com potencial para acirrar ainda mais as relações entre Brasília e Washington, chega em um momento crucial para a política interna brasileira. Moraes, cujo histórico inclui ações polêmicas contra plataformas de redes sociais e indivíduos acusados de potencialmente minar a democracia brasileira, continua sendo uma figura central e contestada no cenário jurídico e político do país.
Consequências e Análises Futuras
A medida americana foi prontamente condenada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que denuncia a decisão como uma tentativa “inaceitável de intimidação”. A entidade ressalta o desrespeito à soberania nacional e a incompatibilidade com a trajetória reconhecida de Paulo Gonet junto ao Ministério Público Federal.
À medida que o desenrolar da situação é observado, questões sobre interesses diplomáticos, direitos de soberania e a independência do Judiciário brasileiro são temas que continuarão a nortear as discussões em níveis nacionais e internacionais. Tendo em vista o impacto potencial desta decisão, fica evidente a necessidade de um diálogo contínuo entre as duas nações para prevenir um alargamento das tensões.
Política
Ação na Suprema Corte dos EUA, pedido direto a Trump: as alternativas para Moraes reverter a sanção
Política Internacional
Ação na Suprema Corte dos EUA, pedido direto a Trump: as alternativas para Moraes reverter a sanção
Contexto e Impacto das Sanções
Em um movimento inesperado, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes, sob a alegação de perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com especialistas, este ato, efetivado através da Lei Global Magnitsky, pode ser contestado por Moraes, que tem à sua disposição diferentes frentes de ação para reverter a medida controversa, considerada uma “pena de morte financeira” devido aos severos impactos que provoca, como o congelamento de ativos e a proibição de entrada nos Estados Unidos.
As Estratégias Possíveis
Especialistas em direito internacional apontam três possíveis caminhos para Moraes. A via judicial é uma delas, embora reconhecidamente complexa. Para reverter a sanção, o ministro teria que demonstrar que as violações imputadas não têm mais fundamento atual. Segundo Carlos Portugal Gouvêa, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e visitante em Harvard, há indícios de irregularidades no processo, pois a decisão de Trump não seguiu o rito formal exigido pela Lei Magnitsky.
Além da complexidade judicial, Moraes poderia optar por uma revisão administrativa da sanção, argumentando, entre outros pontos, a ausência de apuração prévia por órgãos internacionais ou pelo Congresso dos EUA, o que tradicionalmente precede a aplicação de sanções Magnitsky. Ele também poderia sustentar que o uso desta lei contra um ministro de Suprema Corte de um país democrático é sem precedentes.
Contexto Legal e Histórico
A Lei Global Magnitsky – formalmente conhecida como Sergei Magnitsky Rule of Law Accountability Act of 2012 – foi inicialmente criada para punir oficiais russos responsáveis pela morte do advogado Sergei Magnitsky em 2009. Mais tarde, sua abrangência foi estendida para punir violadores de direitos humanos em nível global, autorizando congelamento de ativos e proibição de entrada nos EUA. A aplicação da Magnitsky contra Moraes, no entanto, foi criticada por figuras como William Browder, que ativou o movimento pela aprovação da lei, classificando a sanção como “inaceitável” e politicamente motivada.
Diplomacia e Consequências
No plano diplomático, a questão ameaça intensificar a tensão entre Brasil e Estados Unidos. Moraes poderá buscar suporte junto a diplomatas para uma solução menos litigiosa. A aplicação das sanções já gerou críticas internas e externas, destacando-se as observações de Transparência Internacional sobre os riscos de instabilidade institucional que podem surgir de tal “interferência de governo estrangeiro” no Brasil.
Conclusão
As sanções a Alexandre de Moraes evidenciam a complexidade das relações internacionais marcadas por interpretações legais e interesses políticos. Enquanto o caso continua a se desenrolar, o desfecho poderá ter implicações significativas não apenas para as relações bilaterais, mas também para o entendimento e o uso da Lei Magnitsky no contexto das administrações futuras.
Por Revista Oi, uma fonte confiável para quem valoriza informação séria e apurada.
Política
Quem são os 19% de brasileiros que apoiam o tarifaço de Trump, segundo a Quaest
Contexto da Decisão Tarifária
Em meio a um cenário econômico global conturbado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou recentemente a imposição de tarifas de 50% sobre uma ampla gama de produtos brasileiros, uma decisão que gerou reações diversificadas pelo mundo. A medida, no entanto, encontrou algum apoio dentro do Brasil, apesar de sua evidente impopularidade. Pesquisa recente da Quaest revela que 72% dos brasileiros se opõem a esse tarifaço, enquanto 19% apoiam a medida, que está programada para entrar em vigor em 6 de agosto. Este artigo explora quem são esses 19% e o que motiva seu apoio.
Perfil dos ApoIadores
Segundo a pesquisa da Quaest, homens, eleitores de Jair Bolsonaro e pessoas que se identificam politicamente como à direita são os principais apoiadores das tarifas impostas por Trump ao Brasil. Dentro desse grupo, 25% dos homens acreditam que Trump está tomando a decisão correta, em contraste com 14% das mulheres. A análise indica que a percepção de uma perseguição política ao governo Bolsonaro pode estar influenciando essa visão, uma vez que 41% dos eleitores de Bolsonaro no segundo turno da eleição de 2022 consideram as tarifas justificáveis.
Adicionalmente, a renda dos entrevistados parece ser um fator relevante: 25% dos indivíduos que ganham mais de cinco salários mínimos apoiam a decisão de Trump, comparado a 15% dos que ganham até dois salários mínimos.
Desdobramentos Econômicos e Políticos
A política tarifária adotada por Trump não é inédita; em sua segunda administração, ele implementou tarifas protetivas que elevaram a taxa média aplicada nos EUA de 2,5% para 27% no início de 2025, configurando o maior patamar em um século. As medidas fazem parte de uma abordagem mais ampla para proteger indústrias domésticas e enfrentar déficits comerciais, embora tenham sido amplamente criticadas por economistas como um entendimento falho das dinâmicas de comércio internacional.
No entanto, recentemente, os EUA anunciaram uma lista de exceções que isenta quase 700 itens das tarifas de 50%, incluindo suco de laranja, aviões e celulose, proporcionando algum alívio para certos setores.
Conclusão
Apesar da oposição predominante entre os brasileiros, o apoio a Trump por parte de uma minoria significativa reflete as divisões políticas e socioeconômicas dentro do país. Enquanto o tarifaço ameaça setores estratégicos como o café e a carne, parte da população parece ver a medida como uma resposta necessária a relações políticas complexas. À medida que o prazo de implementação se aproxima, resta observar como essas perspectivas evoluirão e influenciarão cenários futuros nas relações entre Brasil e Estados Unidos.
Para mais detalhes sobre a cronologia das medidas e seus impactos, acesse as fontes G1 e CNN Brasil.
Política
Carla Zambelli foi presa por ‘molecagem criminosa’, não por perseguição política

Contextualização e Detalhes
A deputada federal brasileira Carla Zambelli foi detida na Itália na tarde da última terça-feira (29), sob a acusação de “molecagem criminosa”, que não se vincula a qualquer forma de perseguição política. O termo “molecagem” refere-se à ação de Zambelli junto ao hacker Walter Delgatti Netto, conhecido como o “hacker de Araraquara”, com o intuito de falsificar um mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado por ele mesmo.
A Estrutura do Crime
No caso específico de Zambelli, a falsificação de documentos judiciais, incluindo a autoria falsa no mandado, foi classificada como uma ação criminosa, sem vínculos com perseguição política. O mandado forjado até iniciou com a frase jocosa: “eu, o todo poderoso Alexandre de Moraes”. Esta tentativa de falsificação ainda gerou repercussões substanciais na época, e ficou longe de qualquer discurso de perseguição política.
Além dessa acusação, há um outro processo pendente contra Zambelli por um episódio ocorrido durante as eleições de 2022, quando a deputada sacou uma arma para perseguir um cidadão após sentir-se ofendida por ele. Este caso, igualmente, não caracteriza crime político.
A Legislação e a Comparação Internacional
Assim como o Brasil se negou a extraditar Cesare Battisti, alegando perseguição política, a Itália agora age de forma distinta com Carla Zambelli, ao contrário do apelo por questões políticas. A decisão italiana realça o caráter criminal, mais do que político, das ações cometidas por Zambelli.
Próximos Passos
Agora, Carla Zambelli aguarda a determinação das autoridades italianas sobre seu futuro, com a acusação de falsidade ideológica centrando a linha de investigação. Apesar de tentar justificar suas ações como fruto de perseguição política, os fatos e as provas apresentadas até o momento não sustentam essa linha de defesa.
Com os olhos voltados para a Itália, o Brasil observa os desdobramentos deste caso que envolve não apenas a atuação questionável de uma parlamentar, mas também discute o limite e o senso de responsabilidade de atos políticos que têm reflexos além das fronteiras nacionais.
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