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Ações da Azul despencam após prejuízo bilionário no Primeiro trimestre

As ações da Azul sofreram uma queda expressiva de mais de 16% na quarta-feira, 15 de março, liderando as maiores perdas do Ibovespa. Esse movimento negativo das ações veio na esteira do relatório trimestral da companhia, que mostrou um prejuízo de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre do ano.
Este resultado é significativamente pior em comparação com o mesmo período de 2024, quando a Azul havia registrado um prejuízo de R$ 324 milhões.
O desempenho financeiro da Azul no trimestre tem gerado preocupações entre investidores e analistas do mercado.
A performance operacional da companhia aérea também mostrou sinais de enfraquecimento, com uma receita operacional de R$ 1,38 bilhão, uma queda de 29,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Apesar disso, a Azul conseguiu aumentar sua receita líquida total em 15,3%, alcançando R$ 5,39 bilhões durante o período. No entanto, a empresa enfrentou uma queda de 3,5% no “yield”, indicando uma diminuição nos preços das passagens.
Ainda assim, o cenário adverso no mercado aéreo e os desafios internos contribuíram para os números decepcionantes no resultado final.
Azul enfrenta cenário desafiador
A Azul, buscando se adaptar ao cenário econômico desafiador, encontrou uma pequena vitória ao reportar um resultado positivo de R$ 783 milhões. Esse número desconsidera efeitos não recorrentes, revertendo um prejuízo de R$ 1,12 bilhão registrado um ano antes.
Essa reviravolta demonstra a capacidade de resistência da companhia em meio a uma paisagem de incertezas.
A Azul se destaca como a única empresa aérea em operação no Brasil que não precisou recorrer a um processo de recuperação judicial para reestruturar suas finanças.
Esse fato realça a sua capacidade de gestão diante de adversidades, apesar dos desafios financeiros evidentes.
Estratégias financeiras e perspectivas futuras
Em resposta ao cenário atual, o diretor financeiro da Azul, Alexandre Malfitani, afirmou que a empresa está avaliando a possibilidade de buscar mais capital para fortalecer sua posição financeira.
No entanto, ele destacou a importância de esperar um momento mais favorável no mercado para essa ação.
Malfitani ressaltou que há muito “ruído” no mercado, tanto em termos macroeconômicos quanto na compreensão da reestruturação interna da empresa. Essa observação sublinha as complexidades enfrentadas pela Azul ao tentar estabilizar suas operações financeiras.
No fechamento de março, a Azul contava com R$ 3,3 bilhões em caixa, uma queda de 19% em relação ao final do ano anterior. A dívida bruta da companhia totalizava R$ 34,7 bilhões, revelando um cenário de endividamento que demanda atenção cuidadosa da gestão.
Expansão da frota e ajustes de mercado
No decorrer do primeiro trimestre, a Azul incrementou sua frota com a adição de três aeronaves, totalizando 184 aviões em utilização até o final de março. Essa expansão demonstra o compromisso da empresa com a manutenção e modernização de seus ativos.
Porém, essa expansão ocorre em um momento em que a empresa busca equilibrar suas contas e enfrenta oscilações no mercado.
O desempenho financeiro da Azul no 1º trimestre de 2025 reflete tanto desafios internos significativos quanto a volatilidade do setor aéreo. Enquanto a empresa navega por águas turbulentas, seus movimentos estratégicos e sua capacidade de adaptação serão cruciais para sua recuperação e crescimento futuros.
Mantendo-se como uma operadora importante sem a necessidade de recuperação judicial, a Azul se coloca em uma posição única para reformular sua trajetória, se alavancando em sua expertise para superar adversidades e voltar ao caminho do crescimento sustentável.
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O Brasil é dependente da China? E quais os riscos disso?

O Brasil é um dos principais parceiros comerciais da China, país asiático que se destaca como o maior destino das exportações brasileiras. Em 2023, a China foi responsável por impressionantes 30% das exportações do Brasil, enquanto respondeu por 20% das importações. Esse relacionamento comercial profundo tem levantado a questão: o Brasil é dependente da China? E se sim, quais são os riscos dessa dependência?
A Relação Brasil-China
Para compreender a complexidade da relação Brasil-China, é fundamental observar as diferentes opiniões dos especialistas. Enquanto alguns consideram que o Brasil está perigosa e excessivamente dependente da China, outros defendem que há uma interdependência mútua. No entanto, é inegável que qualquer abalo na economia chinesa pode impactar significativamente a economia brasileira.
Por exemplo, o ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, expressou preocupação com o grau de vinculação entre os dois países. Segundo ele, é essencial diversificar parcerias para evitar o risco de depender de um único mercado. A diversificação daria ao Brasil mais flexibilidade em caso de uma crise econômica na China.
Estratégias de Diversificação
O Brasil não está inerte quanto a isso. O governo tem buscado ampliar seus parceiros comerciais e diversificar a pauta exportadora. Essa estratégia visa evitar uma dependência excessiva e possibilitar novos mercados além do asiático. No entanto, as ações ainda enfrentam desafios devido à concentração econômica em setores dominados por commodities, como soja, minério de ferro e petróleo.
A Dependência de Commodities
A dependência de commodities é outra face dessa relação. Com 75% das exportações brasileiras para a China compostas por soja, minério de ferro e petróleo, qualquer oscilação na demanda ou nos preços desses produtos pode ter efeitos drásticos. A queda de preços das commodities entre 2012 e 2015, devido à desaceleração da economia chinesa, é um exemplo ilustrativo do impacto que o Brasil pode sofrer.
Ademais, há o risco de surgirem novos competidores no mercado de commodities, como nações africanas, que poderiam ameaçar a posição privilegiada do Brasil como fornecedor desses produtos para a China. Contudo, especialistas avaliam que, apesar de um risco potencial, a infraestrutura e a situação política na África ainda não representam uma ameaça iminente.
Oportunidades de Investimento
No entanto, as vantagens da parceria com a China são igualmente significativas. Empresas chinesas, por exemplo, têm mostrado interesse no mercado brasileiro, com anúncios de investimentos que somam R$ 27 bilhões em setores variados, como mobilidade elétrica, energias renováveis e semicondutores. Esses investimentos representam oportunidades para o Brasil aprimorar suas tecnologias e expandir sua base industrial.
O Caminho da Diversificação
Para mitigar os riscos da dependência, a palavra de ordem é diversificação. O Brasil precisa explorar novas parcerias e mercados, incentivando exportações de produtos de maior valor agregado, como manufaturados. Essa estratégia não apenas equilibra a balança comercial, mas também impulsiona o crescimento econômico de forma mais sustentável.
A diversificação das exportações e a abertura de novos mercados estão no centro da política econômica do governo brasileiro. A busca por acordos comerciais, como o do Mercosul com a União Europeia, é uma tentativa de expandir horizontes comerciais além do eixo tradicional Brasil-China.
Conclusão
Em conclusão, enquanto o Brasil e a China compartilham uma relação comercial robusta, é prudente para o Brasil adotar estratégias de diversificação econômica. Isso porque embora a proximidade com a China tenha proporcionado grandes benefícios econômicos, depender majoritariamente de um único parceiro comercial traz riscos que não podem ser ignorados. O fortalecimento de laços com diferentes nações pode proporcionar ao Brasil maior estabilidade e segurança em um cenário global cada vez mais desafiador.
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Com produção em alta, Conab decide estocar arroz em maio para evitar desvalorização do produto, diz presidente

A decisão da Conab
A decisão da Conab
O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou que a instituição planeja voltar a estocar arroz a partir de maio.
Essa medida vem em resposta à crescente produção do grão, que registrou um aumento significativo.
A declaração foi feita na última quarta-feira, durante uma sessão solene no Senado, que comemorava os 35 anos da Conab.
A cerimônia contou com a presença de autoridades, servidores e representantes do setor agrícola.
Pedro destacou a importância de se manter os estoques regulados para evitar uma desvalorização do produto no mercado.
A Conab, entidade vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, é responsável pela gestão de estoques públicos.
Ela também atua na realização de leilões de compra e venda de produtos agrícolas e no monitoramento de safras.
Essas funções são cruciais para manter o equilíbrio do mercado, prevenindo a oscilação de preços em tempos de superprodução ou escassez.
O aumento da produção de arroz
Recentemente, a Conab divulgou que a safra de arroz de abril apresentou um crescimento de 14,7% em relação ao ano anterior.
Na safra 23/24, foram produzidos 10,5 milhões de toneladas, enquanto na 24/25 esse número saltou para 12,1 milhões de toneladas.
Esse crescimento é resultado de uma série de políticas e investimentos feitos pela companhia em parceria com o governo.
Entre essas políticas estão as linhas de crédito para a compra direta de arroz cultivado por agricultores familiares.
Essas iniciativas têm se mostrado eficazes na promoção e no fortalecimento da agricultura familiar.
Além disso, a Conab atuou na negociação de R$ 162,2 milhões em contratos de opção de venda de arroz.
Esses contratos abrangeram um total de 91,7 mil toneladas do cereal, proporcionando uma segurança extra aos produtores.
Histórico de atuação e desafios enfrentados pela Conab
Em 2024, a Conab enfrentou um grande desafio em relação a um leilão para a compra de arroz importado.
Este leilão tinha como objetivo conter a alta nos preços do cereal, que havia sido agravada por enchentes no Rio Grande do Sul.
O processo, no entanto, foi anulado devido a suspeitas de irregularidades, trazendo à tona desafios na gestão de recursos públicos.
O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor e essa situação ressaltou a importância de uma gestão eficiente de estoques e políticas de suporte ao produtor.
A partir de abril deste ano, os agricultores puderam vender o produto negociado em contrato, com pagamentos de 20% acima do preço mínimo.
Essa política de incentivo visa a beneficiar principalmente os pequenos agricultores, garantindo-lhes uma margem de lucro mais justa.
Aumento da capacidade de armazenamento e futuras perspectivas
Outro ponto relevante mencionado por Pretto foi o aumento da capacidade de armazenamento da Conab.
Houve um incremento de 43% na capacidade, graças aos investimentos feitos pela Itaipu Binacional e pelo BNDES.
Com essas melhorias, a instituição está mais bem preparada para lidar com a produção crescente e armazenar o grão de forma eficiente.
Esses investimentos visam a tornar a cadeia de produção e distribuição do arroz mais robusta, favorecendo a segurança alimentar do país.
Por fim, a decisão de retomar os estoques de arroz em maio se mostra estratégica para estabilizar o mercado.
A ideia é evitar uma possível desvalorização do arroz, que atingiria negativamente os produtores brasileiros.
A Conab segue comprometida em implementar políticas que alicercem o setor agrícola e promovam o desenvolvimento sustentável do campo no Brasil.
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Embalagem ‘mágica’ muda de cor para avisar se peixe está estragada

Imagine a facilidade de não precisar usar o nariz ou o tato para saber se o peixe está fresco. Uma inovação promissora está prestes a transformar essa ideia em realidade.
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor conforme o alimento se deteriora.
Essa novidade tecnológica é resultado do uso de antocianinas, pigmentos naturais presentes em plantas, frutas e vegetais de cores vivas, como o repolho roxo.
As antocianinas têm a característica única de mudar de cor de acordo com a acidez do ambiente ao seu redor, permitindo monitorar a qualidade dos alimentos em tempo real sem abrir a embalagem.
Cientistas tiveram a ideia de aplicar esses pigmentos em mantas de nanofibras inteligentes. Essas estruturas extremamente finas são semelhantes a um tecido, mas possuem uma funcionalidade surpreendente: ao detectar alterações na acidez, o crescimento de bactérias e a liberação de compostos específicos, elas mudam de cor para indicar a deterioração do alimento.
Criação das Mantas Inteligentes
A criação das mantas de nanofibras é feita através de uma técnica chamada “fiação por sopro em solução“, onde um gás comprimido é utilizado para soprar as fibras finas em um coletor, formando uma manta.
O resultado é um material parecido com fibras de algodão, que pode ser produzido rapidamente. Além disso, esse método é mais eficiente, economiza energia e reduz custos de produção.
O aspecto sustentável da inovação é outra vantagem significativa. As mantas de nanofibras podem ser produzidas a partir de restos de alimentos, contribuindo para a redução do desperdício. Assim, a embalagem inteligente não só promete melhorar a segurança alimentar como também é ecologicamente responsável.
Testes de Laboratório e Resultados
Nos testes de laboratório, a embalagem inteligente foi aplicada em filés de merluza. No estágio inicial, o peixe estava fresco e a embalagem apresentava uma cor roxa. Com o passar do tempo, a cor foi mudando progressivamente.
Após 24 horas, ficou menos intensa e, depois de 48 horas, surgiram tonos azuis-acinzentados. Após 72 horas, a coloração tornou-se azul, um indicativo claro de que o filé de peixe havia se deteriorado.
Essa mudança visível na cor da embalagem oferece uma solução prática para monitorar a qualidade do alimento em tempo real. Além disso, elimina a necessidade de abrir a embalagem para verificar a frescura do produto, mantendo a higiene e a integridade do alimento por mais tempo.
Perspectivas e Desafios
Apesar do sucesso nos testes com filés de merluza, os pesquisadores destacados ainda não têm um prazo para a chegada dessa tecnologia aos consumidores. Antes disso, é necessário ampliar os estudos para garantir que a tecnologia funcione bem com outras espécies de peixe e frutos do mar.
O potencial dessa inovação vai além das embalagens para peixes. Por proporcionar um método visual simples e eficiente de monitoramento da qualidade dos alimentos, pode ser uma ferramenta revolucionária para toda a indústria alimentícia.
A aplicação dessas técnicas em uma ampla gama de produtos poderia transformar radicalmente a forma como lidamos com a conservação e segurança dos alimentos.
Conclusão
A embalagem inteligente que muda de cor é uma inovação brasileira com potencial para revolucionar a conservação de alimentos. Embora ainda esteja em fase de pesquisa, as descobertas iniciais são promissoras.
Além de garantir a segurança dos alimentos, a inovação promove a sustentabilidade, oferecendo possibilidades infinitas para a indústria alimentícia.
Enquanto aguardamos ansiosamente pelo desenvolvimento e aplicação comercial dessa tecnologia, continuamos a torcer para que essa “mágica” dos pigmentos naturais encontre um lugar nas prateleiras dos supermercados em um futuro próximo.
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