Política
Ronaldo Caiado: se ganhar a eleição de 2026, dou anistia a Bolsonaro

Ronaldo Caiado, governador de Goiás pelo partido União Brasil, anunciou recentemente sua intenção de conceder anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro caso vença a eleição presidencial de 2026.
Em uma declaração polêmica durante entrevista no programa Estúdio I, da GloboNews, Caiado enfatizou que teria sido o primeiro entre os apoiadores de Bolsonaro a manifestar essa ideia, ainda em fevereiro de 2024.
A proposta de anistia defendida por Caiado busca amenizar as tensões políticas que envolvem figuras ligadas aos ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Esses ataques, considerados tentativas de golpe de estado, resultaram em processos contra várias pessoas no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro, além de seus apoiadores, tem argumentado a favor da anistia para os envolvidos nesses eventos, defendendo ainda aqueles que são réus no STF.
Entretanto, Jair Bolsonaro está atualmente inelegível, uma decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023. Esse veredito se baseou na acusação de abuso de poder político e uso inadequado dos meios de comunicação durante seu mandato. Com essa decisão, Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos, tendo seus direitos políticos suspensos até 2030.
Caiado defende que a anistia seria uma medida para “sair da crise”. Em suas palavras, ele afirmou que o debate sobre os eventos passados já se estende por muito tempo, e é necessário focar em pautas como reformas e avanços tecnológicos. Para ele, o prolongamento das disputas políticas tem desviado a atenção de questões urgentes para o desenvolvimento do país.
Essa manifestação de Caiado não é unilateral e encontra apoio dentro do Partido Liberal (PL), ao qual Bolsonaro é filiado. O partido, inclusive, tem trabalhado em novas versões de projetos de lei que visem à anistia para os que se envolveram nos eventos de janeiro de 2023. É uma tentativa de remodelar a narrativa e abrir um caminho mais brando para aqueles que foram condenados.
A trajetória política de Caiado
A candidatura de Caiado em 2026 encontra sustentação não apenas nas promessas de anistia, mas também em sua trajetória política. Iniciada em 1989, quando concorreu à presidência pelo extinto Partido Democrata Cristão (PDC), Caiado possui uma longa carreira no cenário político brasileiro.
Naquela eleição, obteve cerca de 1% dos votos, tendo visto Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Collor disputarem o segundo turno.
Seu partido, o União Brasil, pode ser um trunfo fundamental em sua candidatura. Formado por uma fusão entre o Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL), a legenda busca consolidar uma terceira via política no país, representando uma alternativa ao tradicional dualismo entre PT e grupos de direita.
Debate sobre a anistia e implicações políticas
A questão da anistia, contudo, levanta inúmeras perguntas sobre a justiça e a democracia no Brasil. Enquanto alguns veem a proposta como uma possibilidade de pacificação e avanço institucional, outros criticam o que enxergam como uma tentativa de apagar crimes e evitar responsabilidades.
Ronaldo Caiado, ao propor anistia, não apenas se posiciona politicamente, mas também incita um debate acalorado sobre como o país deve lidar com suas feridas recentes.
A capacidade de construir consensos e encontrar soluções que satisfaçam tanto a justiça quanto a necessidade de estabilidade política será crucial nos próximos anos da política brasileira.
Conforme nos aproximamos de 2026, o panorama político se intensifica e surgem desafios significativos. As próximas eleições parecem se desdobrar em um complexo cenário, onde candidatos, eleitores e instituições terão que navegar entre promessas de mudanças e a necessidade de honrar os princípios democráticos.
Política
Em áudio, policial cita equipe formada para prender ministros, ‘matar meio mundo’, e se queixa de Bolsonaro: ‘Deu para trás’

Wladimir Soares, um policial federal que estava na equipe de segurança do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso em um desdobramento surpreendente de uma investigação sobre uma trama golpista.
Soares foi acusado de participar de uma conspiração que visava destituir o governo democraticamente eleito, na qual, segundo registros de áudio, ele e um grupo preparado estavam dispostos a usar força letal contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
As gravações divulgadas pela Polícia Federal (PF) revelam um plano audacioso de prender ministros do STF. Wladimir, explicitamente, menciona o desejo de prender Alexandre de Moraes, um dos membros mais proeminentes do tribunal.
As intenções claras de violência são expressas nas próprias palavras de Soares, que afirmou que iriam “matar meio mundo” se necessário, mostrando a disposição extrema do grupo em alcançar seus objetivos golpistas.
Soares não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro em seus áudios, desabafando sobre a frustração de que Bolsonaro não autorizou ações mais radicais para impedir a posse de Lula.
Segundo ele, esperava-se uma “canetada” do presidente para que o grupo pudesse agir. Contudo, Wladimir lamenta que Bolsonaro “deu para trás”, o que, para ele, foi um fator determinante no fracasso dos planos de ação.
As Táticas e a Crítica ao Exército
Além disso, Wladimir revela que houve negociações entre o Exército e integrantes do governo Lula, que resultaram no recuo militar em apoiar Bolsonaro.
Ele afirmou em um dos áudios que os generais “se venderam” e não apoiaram a operação planejada. Esta alegação foi acompanhada por uma declaração de que a falta de apoio dos militares causou grande decepção entre os envolvidos na trama.
Nos diálogos divulgados, Wladimir expressou seu desespero ao ver Lula assumindo a presidência.
A gravação mostra um policial desolado e arrependido, que descreveu momentos de profunda tristeza durante a cerimônia de posse presidencial. Este retrato de desesperança foi compartilhado entre outros aliados golpistas, que também se sentiram traídos pelos acontecimentos.
Wladimir também comentou sobre as consequências que esperava para o país sob a nova liderança, como a venda da Amazônia e a continuidade de multas para caminhoneiros, temas que ele utilizava para fortalecer o discurso da conspiração. Este tipo de retórica foi usado para justificar ações cada vez mais radicais em nome de suas crenças políticas.
A Atuação da Polícia Federal e o Futuro
A Procuradoria-Geral da República denunciou Wladimir Soares por sua participação ativa na conspiração. Início das investigações apontou que ele estava repassando informações de segurança sobre Lula para servidores leais a Bolsonaro.
A prisão preventiva e a apreensão de seus dispositivos eletrônicos foram passos cruciais na coleta de evidências pela Polícia Federal.
As investigações revelaram que Wladimir fazia parte de uma organização criminosa dedicada a abolir violentamente o Estado Democrático de Direito. Os registros de áudio mostram um agente federal que estava integrado a uma equipe de operações especiais com a missão de defender Jair Bolsonaro.
Com um aparente alto “poder de fogo”, o grupo estava pronto para agir agressivamente contra qualquer oposição.
O panorama traçado pelas gravações não deixa dúvidas sobre a gravidade das intenções do grupo. A discussão de prender ministros e causar terror através de ações armadas, divulgada publicamente, expõe a ameaça contra a democracia.
A abordagem da Polícia Federal diante deste caso não só visa processar os envolvidos, mas também proteger a integridade das instituições democráticas brasileiras.
A detenção de Wladimir Soares e a revelação de suas intenções na trama golpista abre um novo capítulo nas discussões sobre segurança e polarização política no Brasil.
As tentativas de subversão das instituições democráticas levantam preocupações sobre a divisão feroz que permanece entranhada na sociedade brasileira.
O caso reforça a necessidade de vigilância constante para garantir que a democracia continue a prosperar sem ameaças à sua fundação.
Política
Entenda os principais pontos do caso Ramagem e a tensão entre Câmara e STF

A recente disputa entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Câmara dos Deputados gira em torno do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), o único parlamentar réu na ação que investiga a tentativa de golpe de Estado promovida pelo governo de Jair Bolsonaro.
O caso serve como um novo capítulo no delicado equilíbrio entre os poderes Legislativo e Judiciário no Brasil.
Ramagem enfrenta cinco acusações no processo que investiga as ações de militares e políticos em tentativas de subverter a ordem democrática no final de 2022.
A situação se agravou quando a Câmara dos Deputados, em uma ação liderada principalmente pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), suspendeu a ação penal que envolvia Ramagem.
A decisão teve como base a alegação de imunidade parlamentar, visando proteger o deputado de certos processos judiciais enquanto ele exerce o mandato.
No entanto, essa movimentação foi revertida pelo STF, que manteve parte do processo contra Ramagem ativa, gerando grande insatisfação dentro do Legislativo.
A Decisão do STF e a Reação Parlamentar
A decisão do Supremo, especialmente da Primeira Turma liderada pelos ministros Cristiano Zanin e relatada por Alexandre de Moraes, determinou que apenas os crimes cometidos após a diplomação de Ramagem, em dezembro de 2022, poderiam ter suspensão pelo Legislativo.
Esses crimes incluem o dano qualificado e a deterioração de patrimônio tombado.
Assim, as acusações mais graves, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, continuam sendo investigadas.
Em contrapartida, a Câmara dos Deputados alega que essa decisão fere o princípio da separação dos poderes e argumenta que a imunidade parlamentar protege os deputados contra ações penais que possam interferir com suas funções legislativas.
A medida do STF foi recebida com indignação por muitos parlamentares, que veem a decisão como uma interferência direta no julgamento político conferido tradicionalmente ao Legislativo.
O Papel de Hugo Motta e a ADPF
O presidente da Câmara, Hugo Motta, tomou a dianteira e apresentou uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) visando reverter a decisão do STF.
A intenção é que prevaleça a decisão da Câmara de suspender todas as acusações contra Ramagem.
Motta enfatizou que a prerrogativa para decidir sobre a suspensão de processos que envolvem parlamentares pertence ao Legislativo.
Ele destacou que o Judiciário não deve substituir essa prerrogativa, sob pena de comprometer a independência do Parlamento.
O embate promete ser uma questão de alto impacto político e jurídico, uma vez que o STF argumenta que a manutenção do equilíbrio republicano exige a possibilidade de analisar tais decisões do Legislativo.
Ministros afirmam que o uso de uma ADPF contra uma decisão da Primeira Turma do STF pode não ter fundamento jurídico suficiente, criando ainda mais tensão sobre os limites da imunidade parlamentar.
O Futuro do Caso Ramagem
Enquanto aguarda-se uma decisão final do STF sobre a ADPF, o caso Ramagem continua a revelar as divergências profundas entre os poderes.
A expectativa é de que o plenário do Supremo analise a validade da suspensão da ação penal contra o deputado.
Neste cenário, o Supremo deve decidir se a interferência dos parlamentares no processo foi legítima ou não.
A tensão persiste, com parlamentares criticando duramente a postura do STF, ao passo que ministros da corte reiteram que a decisão foi técnica e respeitou os limites constitucionais.
O desfecho deste embate poderá estabelecer um precedente significativo para futuras relações entre o Legislativo e o Judiciário em contextos similares, ressaltando as complexidades do equilíbrio entre autonomia parlamentar e a função judicante do Supremo.
Política
Resolução da Câmara visava proteger deputados investigados por emendas; ‘solidariedade’ não se estenderá a Zambelli

A recente aprovação de uma resolução pela Câmara dos Deputados tem gerado intensos debates e controvérsias. Segundo análises de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a medida parece ter como objetivo principal proteger deputados investigados por desvio de recursos de emendas parlamentares.
A estratégia seria criar um escudo contra ações penais futuras, especialmente aquelas relacionadas com as investigações em curso no Supremo.
O deputado Alexandre Ramagem é um dos nomes em destaque, já que a resolução teria o intuito de trancar a ação penal contra ele.
A tática, conforme se especula, seria usada em outros casos semelhantes, abrindo precedentes para travar processos penais de outros parlamentares envolvidos em escândalos similares.
Essa movimentação é vista por muitos como uma manobra polêmica e questionável, levantando debates sobre a transparência e a ética no Parlamento brasileiro.
União Brasil e a articulação de benefícios
O partido União Brasil já iniciou conversas sobre a possibilidade de usar o mesmo mecanismo para beneficiar o deputado Juscelino Filho, caso ele se torne réu por desvio de emendas. Segundo informações internas, o partido articula uma nova votação de resolução para proteger o ex-ministro das Comunicações.
A articulação no Parlamento é forte.
Estima-se que cerca de 80 deputados estejam sob investigação pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em desvio de recursos de emendas.
Isso acende um alerta sobre a elaboração de filas de resoluções destinadas a proteger esses parlamentares de possíveis condenações.
A opinião entre os ministros do STF é unânime. Caso essa prática se consolide, a Câmara dos Deputados poderá criar, segundo eles, um dos mais vergonhosos escudos de proteção parlamentar contra investigações.
Exclusão de Zambelli da proteção
Apesar da movimentação intensa para proteger deputados investigados, essa solidariedade não será estendida a todos. A deputada Carla Zambelli, do Partido Liberal (PL-SP), não recebeu o apoio de seus colegas e foi recentemente condenada por unanimidade pelo STF.
O caso envolve a acusação de Zambelli ter tramado com o hacker Walter Delgatti a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O episódio de Zambelli destaca claramente a seletividade e as nuances das articulações políticas dentro da Câmara. Enquanto alguns recebem respaldo e estratégias são criadas para protegê-los, outros se veem excluídos dessas conjunções de interesses.
Tensão entre Câmara e STF
Sob o comando de Hugo Motta, a Câmara dos Deputados tem mantido clima de tensão com o STF. Esperava-se que Motta buscasse diminuir a crise entre os dois poderes; no entanto, suas ações, até então, apontam para o contrário.
Durante uma sessão recente, o ministro Flávio Dino criticou publicamente as pressões para a aprovação de medidas inconstitucionais. Dino destacou a tentativa de travar a ação penal como um exemplo de afronta à República e à separação dos poderes.
Suas observações levantam questões fundamentais sobre a dinâmica entre o Legislativo e o Judiciário e a importância de manter a integridade institucional do país.
Apesar de tensões com a Câmara, a relação entre o STF e o Senado, presidido por Davi Alcolumbre, parece seguir estável. Ministros enfatizam que, ao menos nesse cenário, não há atritos significativos.
A situação corrente ressalta o delicado equilíbrio necessário para manter harmonia e cooperação entre os diferentes poderes do Estado, mesmo quando interesses divergentes surgem no cenário político.
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